A Tundra está localizada no
hemisfério norte, na região do Círculo Polar Ártico, especificamente no norte
do Canadá, na Groenlândia, Alasca e na Sibéria, no qual as baixas temperaturas
e as estações impedem o crescimento de árvores. O seu nome advém da palavra
finlandesa “Tunturia”, que significa “planície sem árvores”, o que já confere
certa noção sobre como é esse tipo de vegetação e o seu ambiente.
Esse bioma é dividido em dois
tipos principais: a Tundra Ártica, caracterizada por se localizar em
latitudes próximas à região do Ártico, e a Tundra Alpina, que se encontra
em regiões de altitudes elevadas, como cadeias montanhosas.
A Tundra é conhecida por ser um
dos maiores biomas do planeta em termos de extensão territorial, ocupando quase
um quinto da superfície terrestre. Sua importância encontra-se no fato de ela
permitir a existência de vida animal em regiões consideradas inóspitas e pouco
favoráveis à manutenção de seres vivos.
Influência do planeta para a formação da Tundra
Os extremos do planeta (norte e
sul) são duas localidades que não recebem muita luz solar. Por esse motivo a
tundra é na maior parte sempre congelada. Isso influência na vegetação, no
clima, na fauna e na flora desse bioma.
Clima
O clima da tundra, é o polar,
muito frio e seco, e sem precipitações. Em razão dessas condições climáticas
severas, das baixas profundidades do solo e da ausência de claridade, não
existe nenhum tipo de floresta densa com árvores altas nessas áreas.
- Temperatura: O bioma tundra apresenta verões muito curtos, com uma duração do dia muito longo, com uma temperatura média entre 8°C e 5°C. Durante as horas de escuridão a neve vai caindo e acumula-se, devido aos fortes ventos, nas regiões mais baixas, obrigando os animais a permanecerem junto ao solo apenas a procurar comida para se manterem quentes. As quantidades de precipitação são muito pequenas (entre 75 e 35 mm, incluindo a neve derretida).
- Pluviosidade: Apesar disso, a tundra apresenta um aspecto úmido e encharcado, em virtude da evaporação ser muito lenta e da fraca drenagem do solo permafrost, no verão.
Permafrost: O solo da tundra é chamado de permafrost, que em uma tradução literal significa “sempre congelado”, e é justamente essa característica que dá a tundra suas feições naturais. O permafrost é um solo típico das regiões antárticas composto por terra, pedras e gelo.
A vegetação predominante é composta de líquens, musgos, ervas e arbustos baixos,
devido às condições climáticas que as impedem de crescer. As plantas com raízes
longas não podem se desenvolver pois o subsolo permanece gelado. Por outro
lado, como as temperaturas são muito baixas, a matéria
orgânica decompõe-se muito lentamente e consequentemente, o
crescimento da vegetação é lento.
Uma adaptação que as plantas destas regiões desenvolveram é
o crescimento em maciços, o que as ajuda a evitar o ar frio. Outra adaptação é
que elas crescem junto ao solo, o que as protege dos ventos fortes. As folhas
são pequenas, retendo a umidade com maior facilidade. Apesar das condições
inóspitas, existe uma grande variedade de plantas que vivem na Tundra Ártica.
A maioria dos animais utilizam a tundra no curto verão, migrando para regiões mais quentes
no inverno. Os animais que ali vivem permanentemente, como os ursos-polares, e lobos árticos, desenvolveram as suas próprias adaptações para resistir
aos longos e frios meses de inverno, como um pelo espesso, camadas de gordura
sob a pele e a hibernação. Os répteis e
anfíbios são poucos ou encontram-se completamente ausentes devido às temperaturas
serem muito baixas.